Foto: (Freepick)
Embora a expectativa do mercado seja de uma supersafra de soja para 2025 – o que deve contribuir para um alívio nos preços agropecuários no atacado – as carnes e o café, que ainda devem seguir pressionados, devem barrar uma desaceleração mais expressiva para os preços agropecuários ao produtor em 2025, segundo economistas consultados pelo Estadão/Broadcast.
A perspectiva de uma carne mais cara é sustentada pelo ciclo pecuário atual do boi gordo, além dos efeitos climáticos e depreciação do câmbio, que marcaram o fim de 2024. Adicionalmente, observam os analistas, a expectativa de um aumento das exportações brasileiras deve ser mais um vetor de pressão.
Por consequência, o aumento da carne bovina contamina os preços de proteínas alternativas, como carne de frango, de porco, e também, o consumo de ovos.
“A carne vai ficar cara e isso vai ter efeitos políticos. Vai ficar cara também em 2026 e 2027. Se tivesse de fazer uma aposta, a mais segura que eu teria é: o boi gordo vai ficar mais caro em 2025 e vai demorar um pouco para cair”, avalia o economista da LCA 4intelligence Francisco Pessoa. O cenário da casa conta com alta de 17% do boi gordo na ponta e de mais de 35% na média anual em 2025.